A apresentação foi um sucesso, cada música cantada encontrava eco na platéia que em uníssono cantava junto.

Aquelas canções estavam nas cabeças de todos, tinham sido momentos de curtição, das primeiras paqueras, os primeiros romances, encontros e desencontros, que se revelavam num clima de emoção.

Assim a brincadeira do 60’s dera certo, e passaram a se apresentar com este nome para cantarem os anos sessentas, e com o nome de Júllio & Zéfeliciano para as apresentações do seu trabalho de discos. Fizeram várias apresentações com 60’s.

E por falar neste nome, certa vez estavam se apresentando num show, cujo palco era montando sobre um caminhão, quando resolveram homenagear “Os Incríveis” com a música O milionário.

Após a sua execução foram procurados por um fã que por estar em prantos os assustou muito, mas logo em seguida conseguindo falar os agradecia por terem o feito lembrar do seu romance com uma garota que naquela época ,era embalado por esta canção.

Outras manifestações semelhantes sempre os envolvia ou envolvia pessoas que revivendo a magia dos anos 60, se empolgavam fazendo questão de tornarem seus amigos, convidando-os para apresentações em várias cidades, sugerindo-lhes a regravação daqueles sucessos, oferecendo-lhes a sua discoteca para pesquisas etc.

Chegaram até a pensar nas regravações, mas naquele momento, refletiram; fazer o que os grandes nomes dos anos 60 fizeram e tão bem, não os atraía, reestilizar as suas obras também não.

Então resolveram manter o 60’s como estavam fazendo.
Foi numa noitada do Júlio, então solteiro, que recebeu o convite do Dr. Frederico Theodoro, para conhecer a obra do seu pai o consagrado médico escritor Dr. Lair Ribeiro.

Lendo toda a sua obra, ficaram maravilhados com os seus ensinamentos de neurolinguística, quando o Fred os propôs compor canções para serem usadas nos cursos do Dr. Lair. Em contrapartida seriam apresentados pelo famoso médico ao diretor de uma gravadora, para fazer o lançamento do seu disco.

Fizeram várias versões, escreveram muitas canções, gravaram, sonharam, obviamente, custeado pelo proponente e no final nada rolou, apenas mais uma experiência, e uma fita gravada que talvez um dia seja transformado em disco.
Estes desacertos apesar de fazerem parte da vida dos que batalham, muitas vezes traz temporariamente algum desânimo, chegando até a ameaçar a criatividade do artista.

Como estavam envolvidos nas gravações, suspenderam os Shows, pois como não vivem só de música o seu tempo deve ser muito bem dimensionado, porém não fazendo show, não entra dinheiro.

Depois de segurar toda esta barra, voltaram a fazer os shows.

Já havia um ano mais ou menos, da travessia desta fase, quando um novo patrocinador os procurou sugerindo-lhes fazer um disco, pois poderia emprestar-lhes o dinheiro necessário e com a sua venda pagariam o empréstimo.

Um tanto quanto céticos e depois de pensarem bastante, resolveram aceitar.

Dada a versatilidade de compositor, iriam fazer um disco totalmente brasileiro, com xote, baião, axé, samba reggae.
Nunca viram tanta música que saia de dentro deles, as vezes compunham três ou quatro canções por dia.

Desta vez iriam prescindir do lado de arranjadores, e fazer o disco com suas composições e arranjos de outro músico, por entenderem que tal participação traz bons resultados.

Contrataram Celson Ramos para fazer este trabalho, que com a competência que lhe é peculiar o fez com muita dedicação.

Começaram as gravações e no meio delas , o patrocinador roeu as cordas como se diz em Teófilo Otoni.
Simplesmente os disse que não poderia bancar tais custos, inclusive o valor que havia sido emprestado, deveria ser devolvido.
Estavam diante de uma dívida, e não tinham o produto para vender, fazendo dinheiro para saldá-la.

Procuram então se arranjar para pagá-la, venderam instrumentos, tomaram empréstimos, em fim, se viraram.

Depois de mais esta, só Júllio & Zéfeliciano para não desistir.

Interromperam o projeto e movidos por uma força maior, disseram para si mesmos ; não deixaremos esta obra sem concluir.

Tentaram novos patrocinadores sem sucesso, dada a situação caótica da economia que irresponsavelmente se instalara no país.
O sonho não acabou, mais cedo ou mais tarde as coisas acontecem, e assim continuaram lutando.

O CD Algemas Partidas

Este projeto originou-se quando da montagem do home studio da dupla e que deram o nome de Mucury Records, rendendo homenagem ao seu bisavô, João Feliciano Soares da Costa, como era tratado lembrando também a sua região.

“Algemas Partidas”, é a faixa título do mais recente trabalho da dupla.
Com 15 músicas, todas elas, compostas e arranjadas por eles.

Neste álbum além da Voz e vocais, as guitarras, violões teclados e contra baixos, foram tocados por eles. Participaram também como músicos nesta gravação Celson Ramos bateria e co-produção, e Marcelo Rocha, Saxofone.
As canções abordam temas de relacionamento entre pessoas, numa linguagem romântica, retratam também problemas sociais de distribuição de renda, ética, política etc. As mixagens foram feitas no Cuba Home em São Paulo SP, com a técnica do Cubatão que também fez a guitarra base na faixa Brasília, 19 horas. A masterização também foi feita em São Paulo no studio MCK pelo Bolieiro. A replicação das cópias ficaram a cargo da Microservice Tecnologia da Amazônia. A capa foi uma criação maravilhosa do genial publicitário paulista Ulisses C. Monteiro e as fotos são de Caroline Schilling Soares. A qualidade técnica do disco está dentro das normas internacionais de produção fonográfica.

Agora com o CD nas mãos, a próxima fase é a divulgação que será feita através das rádios, jornais, televisão, internet e Shows, que serão apresentados em duas versões. Voz e Violão, e com banda.

Os discos poderão ser adquiridos nas lojas da cidade, ou através do endereço eletrônico [email protected].

Atenção empresários e gravadoras, a dupla Júllio & Zéfeliciano está aberta a negociações.

 

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